quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cigarra


 Os machos costumam cantar no Verão para atrair as fêmeas. Elas, por sua vez, morrem assim que põem os seus ovos. Quando eclodem, os insetos (ninfas) caem no chão e entram na terra.
A maior parte da vida de uma cigarra, ao contrário do que se imagina, acontece sob a terra, em sua fase larvária (ninfa). Em algumas espécies, isso significa mais de 10 anos. 

As ninfas locomovem-se nos subterrâneos, através da escavação de galerias. E, para este fim, o seu primeiro par de pernas é modificado e fundamental. Só depois desta fase, sobe à superfície e se metamorfoseia no inseto que vemos no Verão, cantando a "plenos pulmões". 

Em algumas espécies o som pode chegar a 120 decibéis. Quem entoa a cantoria são os machos, pois são eles que possuem aparelho estridulatório, apropriado para emitir aquele som tão característico, principalmente à tarde. 

E a razão para tal "serenata" tem explicação: é para atrair a fêmea e se reproduzir. Mas a longevidade do adulto, comparada com a sua fase ninfal, é quase efêmera: vai de poucas semanas até dois ou três meses, no máximo. 

No caso da espécie Quesada gigas, considerada a maior de todas, ela mede cerca de 65 mm de comprimento e tem uma coloração tipicamente verde, com cinco estrias longitudinais negras sobre o tórax. 

Um de seus principais predadores é o gavião-pomba ou sovi, que normalmente a caça em pleno voo. Em geral as cigarras costumam pousar no alto das copas das árvores. Se por um lado, servem de alimento para outras espécies, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema, de outro são pragas para algumas culturas agrícolas, sobretudo na fase ninfa (pois além de retirar a seiva das árvores, causam ferimentos às raízes, o que facilita a penetração de fungos e bactérias). 


 Existem mais de 1.500 espécies conhecidas deste insetos (sendo que a Carineta fasciculata pode ser considerada como a espécie-tipo brasileira). 

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